25 de dez. de 2009

BOAS FESTAS


Boas Festas??? Sim, pensando em toda a função de ter que passar a virada do dia 24 de Dezembro para o Natal, torna-se uma "boa festa"... Mas uma coisa que me chateia muito, são os pseudos e falsos votos que as pessoas transmitem-se entre si. Não sei, para mim, sempre soou com um ar de falsidade, não sei...as pessoas te desejam essas supostas coisas boas, mas estão sempre te apunhalando pelas costas, ou tu vê as pessoas brigando entre por coisas idiotas, e o que mais irrita é que sempre alguém fala: "Pô...é Natal, pessoal...não briguem." Não será uma data tão inútil e capitalista que fará mudar a cabeça do povo que passa os outros 363 dias do ano fazendo tudo de ruim ou desejando mal dos outros. Sim...são 363 porque ainda tem a virada do ano...mas enfim. Acho que as pessoas deveriam rever os conceitos sobre um dia como esse...sem se importar quantas cervejas irá comprar ou quanta quantidade de carne tem que conseguir e se importar menos com o presente e se importar com o verdadeiro presente. O verdadeiro presente pode ser qualquer coisa que tu realmente passe pra pessoa de coração ou que seja verdadeiro. Falei demais...Boa Noite.

20 de dez. de 2009

AMANHECER



Descobre-se uma nova forma de prazer, substitui o sentimento de posse pelo desejo de liberdade. Não quer ser proprietário, não quer ser propriedade, quer encontrar uma nova forma de amar. As horas apressam-se nos relógios, ontem e hoje misturam-se num único dia. Quase manhã, prenúncio das luzes da aurora que nasce sem pressa no horizonte. Já sabe para onde vai. Os passos estão cansados e sem ritmo, mas são constantes. Não sabe se está feliz ou triste, mas sabe que sobreviveu, que está feliz por estar vivo.

16 de dez. de 2009

DIFERENTE


É algo tão estranho. É como se tudo quisesse sair. Sinto vontade de escrever, escrever coisas que não consigo descrever. É algo tão estranho, não sei como começar, do que falar... As palavras estão na minha cabeça como uma multidão de pessoas querendo fugir da morte. É assim que elas estão, querendo sair da minha cabeça e ser passadas para um borrão. Não sei se estou perdido, mas não sei onde estou acordei no mesmo lugar diferente. Não sei quem sou... Não sou diferente, Só não quero continuar a ser igual.

5 de dez. de 2009

ALMAS


Vento varre a calçada
E a sorte espreita
Minha angústia.
Muito custa
Acreditar na solidão
Cujo tempo me impusera.

Tal frio
Tal vazio
Tal medo
Tal segredo.

O vão das coisas
O breu das vidas
Que abraça às almas
Recém perdidas.

22 de nov. de 2009

ONTEM


Ontem você passou a maior parte de seu tempo,
Tentando planejar o seu hoje
Agora pare pra pensar...
De tudo o que você planejou,
O que realmente aconteceu?

Talvez tenha planejado acordar com pé direito,
Mas acordou com pressa, do lado errado da cama!
Talvez, tenha planejado comer panquecas,
Mas só havia pão de ontem e não estava com tempo de ir à padaria.

Ou talvez quisesse acordar com calma,
Ir até a varanda e sentir o ar puro da manhã...
Mas mora de frente com indústria que vive expelindo fumaça!

Talvez quisesse acordar sentindo a maior sorte do mundo,
Mas logo pela manhã, quebrou um espelho,
Saiu pra rua e cruzou com um gato preto...
E já começou a sentir seu belo dia ir por água abaixo!

Mas, mesmo que tudo esteja parecendo dar errado, Não desanime,
Tudo o que acontece,
Existe para fins às vezes além da compreensão.
Nunca deixe de planejar o seu amanhã,
Pois se caso ele amanhecer sem nenhum planejamento,
Não se lamente pelo Ontem que você deixou passar,
Hoje será o ontem de amanhã,
Ainda há tempo, faça bom proveito!

11 de nov. de 2009

O DIA ACABOU NO MOMENTO EM QUE OS OLHOS SE ABRIRAM



Voltemos ao negro 8 de Dezembro de 2004. A notícia da morte de Darrell Abbott, o "Dimebag", guitarrista do Damageplan, e ex-Pantera, atingiu em cheio milhões de pessoas ao redor do mundo. Os disparos precisos contra a cabeça do músico e também em direção ao público e a outros membros de sua banda ricochetearam milhas de distância e levaram a nocaute meros leitores, espectadores espantados digitando milhares de endereços WEB em busca de maiores informações sobre o inaceitável.
Mark Chapman, o monstro de cerca de duas décadas e meia atrás, ganhava nova forma e disposição na pessoa de Nathan Gale, jovem de vinte e cinco anos, ex-integrante da marinha norte-americana, que decidiu tentar outro papel na vida que não o de figurante. Ele subiu ao palco logo nos primeiros segundos da apresentação do Damageplan e derrubou um dos guitarristas mais influentes e saudados dos anos noventa com quatro ou cinco tiros a queima-roupa.
Detentor de um estilo distinto, de timbres fortíssimos, e harmônicos inimagináveis, Dimebag contribuiu para diferentes concepções acerca da música pesada, a maneira de tocá-la, e as suas possibilidades. Influenciou toda uma geração levando seus objetivos à extremidade da prática e constituindo, após uma fase hard rock inicial, um dos mais convincentes e brutais conjuntos de metal da história, o PanterA, ao lado de Rex Brown (baixo), Phil Anselmo (vocais), e de seu irmão Vinnie Paul (Vince Abbott - bateria).
Um ano antes abandonou sua bem-sucedida investida devido a excessivo desgaste na relação do conjunto e, especialmente, sérios conflitos com o vocalista. Imediatamente, e em família, o esqueleto de um novo projeto surgia. Os Abbott criavam o New Found Power, posteriormente mudando de nome para Damageplan, e concretizando a formação com Bob Zilla (baixo) e Patrick Lachman (Diesel Machine – Halford).
Apesar de certo sucesso, o álbum de estréia que levou o antigo nome proposto para o grupo, não rendeu o desejado. Vendeu pouco perto dos lançamentos anteriores em que se envolveram os irmãos e mostrou que havia muito o que melhorar e, o principal, que a sombra do PanterA não os deixaria.
Segundo alguns relatos de testemunhas, os motivos que levaram Gale ao crime tinham estreita conexão à separação e às subseqüentes brigas com o polêmico Phil Anselmo.
O assassinato de Dimebag Darrell, quaisquer sejam as razões, marca a ferro quente o corpo do rock. Destrói um grupo, despedaça sentimentos e faz-me perguntar durante horas: "o que esperar da raça humana? Algo mais?"
Quando um indivíduo sobe num palco para assassinar o artista que idolatra, perdemos a referência, o ponto de apoio. A coisa só piora e devemos seriamente nos questionar quem é o verdadeiro doente nisso tudo quando a dor da morte é praticamente ignorada pela maior rede de televisão de um país.
Além de reportagem evasiva, a Globo levou ao seu jornal de fim-de-noite um discurso calcado no famoso e dominante "falso moralismo". A vítima virou responsável pela própria morte, pelo simples fato de existir e dedicar seu tempo a tocar um instrumento. A monstruosidade torna-se justificável no dizer popular de "violência gera violência". Como se a agressividade da música dissesse da relação fãs-ídolos. Ora, Arnaldo Jabor & cia, há vinte e nove anos atrás John Lennon sofria ataque similar "tocando a suave ‘Imagine’", desejando um mundo melhor. Onde Mark Chapman, o assassino do eterno Beatle, haveria sido afetado por aquilo que você chama de "barulho"? Na pancadaria de dedos contra um teclado? Assim sendo, que tal imaginar os surtos que fãs de Wagner e Beethoven deveriam ter vendo então violinos debulhados por execuções maestrais de suas composições?
Tudo o que eu precisava neste momento era não saber. E é talvez este um dos grandes problemas deste "maravilhoso mundo". Estamos cansados de saber. Informação, conhecimento, todos essas glórias de seres racionais que se comportam de maneira consideravelmente mais animal que a maioria das espécies que já exterminou ou ainda pretende findar.
Ser humano... este maldito "humano" que nos diferencia e faz com que imaginemos alguma superioridade em relação aos outros seres pela racionalidade, pelo simples pensar. De que vale isto frente a uma arma, dois aviões colidindo com prédios? Para que? Por quê?
Quanto mais tentamos explicar, mais criamos seres que primam por tentar alcançar a genialidade de outros em tempos passados, ou seja, batalham arduamente para se tornarem inexplicáveis. Esta é a maior semelhança entre Chapman, Gale, e esta quantidade de "maníacos" - como acostumamo-nos a chamar – por aí na atualidade. Neste sentido, aproximam-se, em seus próprios tempos, e por vias trágicas, das características de grandes gênios, incompreendidos e odiados por seus contemporâneos.
O que posso chamar de factualmente genial é, longe de toda essa racionalidade, a obra do alienado. Afinal, a coisa mais incompreensível é como alguém pode dissertar sobre um "mundo maravilhoso". Louis Armstrong sim é um gênio delirante, absoluto. Que este mestre divida conosco, pobres hiperconscientizados pós-modernistas, a habilidade de se alienar, criando uma auto-proteção capaz de afastar-nos das terríveis realidades diárias, ou do simples fato de existirmos, ou como bem alerta a ambígua expressão, de "corrermos risco de vida" por estarmos simplesmente vivos.
Amanhã é outro dia, a ruína de sentimentos, o despedaçado ser (supostamente humano) deve responder à sua sociedade (supostamente racional), trabalhando, estudando, se relacionando, como se nada houvesse acontecido.

8 de nov. de 2009

DEFINO-ME


Tão pequenino estou frente ao universo
querendo extravasar de meu interior
uma avalanche de pensamentos
alegres ou tristes,
depende,
da chuva ou vento,
sou como a natureza
mudando estações
em ciclos,
momento a momento.

6 de nov. de 2009

SILÊNCIO


Será ele uma forma de expressar-se, ou simplesmente é a falta do que dizer?
O que quer dizer do silêncio então?
O silêncio pode demonstrar medo, ou coragem.
Quem sabe ainda, pode querer dizer te amo, ou não te quero mais.
Pode significar sou louco por você, ou então não te suporto.
Pode ainda mostrar tudo o que você é como mascarar o que teme ser.
Muito silêncio pode fazer você enlouquecer, mas um pouco pode te trazer paz.
Acompanhado de um olhar diz muito, e se o olhar se desvia com o silêncio pode também dizer muito.
Ele pode mostrar toda confiança de uma pessoa, ou todas suas incertezas.
O silêncio pode mostrar tristeza, respeito, atenção, compaixão, porque não dizer até a paixão, apreensão, ou solidão. Um pouco de silêncio pode dizer tudo, ou apenas nada.
Se ele existe, então deve ter uma razão.
Ou talvez não, só está aí pra se esconder o que há no coração.
Ah o silêncio! Às vezes ele é ensurdecedor, às vezes nem podemos lidar com ele.
Mas enfim, o que devemos fazer com o silêncio?
Será que o silêncio pode nos vencer? Será que vai nos enlouquecer?
Pode ser, a menos que se diga o que queres dizer.

2 de nov. de 2009

ESCRAVOS


Escravos, do tempo, do amor, da vida,

Do prazer, do corpo, de mim.

Libertos por lei dos homens, mas não pela lei do coração,

Ou pela vontade de viver, reconhecer que somos escravos,

Simples, mas valiosos escravos,

Porque é isso que somos.

Estamos presos a um sentimento árduo,

No qual estamos sujeito a sobreviver dia após dia, escravo.

29 de out. de 2009

BICHOS DA INGLATERRA



Bichos da Inglaterra e da Irlanda,
Daqui,dali, de acolá,
Escutai a alvissareira
Novidade que virá.

Mais hoje, mais amanhã,
O Tirano vem ao chão,
E os campos da Inglaterra
Só os bichos pisarão.

Não mais argolas nas ventas,
Dorsos livres dos arreios,
Freio e espora enferrujando
E relho em cantos alheios.

Riqueza incomensuravel,
Terra boa,muito grão,
Trigo,cevada e aveia,
Pastagem, feno e feijão.

Lindos campos da Inglaterra,
Ribeiros com aguas puras,
Brisas leves circulando,
Liberdade nas alturas.

Lutemos por esse dia
Mesmo que nos custe a vida.
Gansos,vacas e cavalos,
Todos unidos na lida.

Bichos da Inglaterra e da Irlanda,
Daqui,dali, de acolá,
Levai esta minha mensagem
E o futuro sorrirá.

Canção cantada pelos bichos logo após se apossarem da Granja do Solar no livro "A Revolução dos Bichos", de George Orwell.

24 de out. de 2009

FOME


Ardo caminho que me segues alma,
Ao falar-te da fome companheira minha,
Não me destes migalhas pois também não tinhas,
Só me destes lágrimas aonde pede calma.

Dei-me resto alma, fome louca,
Tão cruel fome que me seca corpo,
Dei-me o sonho, num sonhar já morto,
Dei-me o farelo que cai da tua boca.

Andas comigo alma caminhante,
Espera certo como é certo o instante,
Comer da boca de outra já comida,

Quase morto sinto alma minha,
Dentre meu corpo, ossos, carne fria,
Me carregue alma, meu alimento vida.

16 de out. de 2009

ROCK N' ROLL


Venho finalmente expressar o meu sentimento sobre esse estilo tão odiado e amado ao mesmo tempo. O Rock, para mim, é mais que um Estilo de Música, para mim, é um Estilo de Vida, o meu ar, um sentimento tão grande que o espaço que esse Blog oferece é pequeno. Inúmeras bandas fazem esse amor aumentar começando pelas minhas preferidas: Metallica, Ramones, Pantera, Motörhead, Megadeth. Depois as essenciais: Pink Floyd, Hendrix, Iron Maiden, Black Sabbath, Deep Purple, Led Zeppelin, AC/DC, The Beatles, The Doors, etc. Sempre estou tentando conhecer bandas novas, digo novas no sentido de que eu não conheça e que existam há algum tempo, já que hoje em dia é difícil encontrar alguma banda que tu ouça e fale: "Bah, essa banda faz um som massa! Tem uma pegada legal.", parece que as bandas hoje em dia pegam um único rumo e seguem por ele. Não há uma novidade. Mas estou aqui para falar o quanto este estilo mexe comigo. A cada banda que eu conheço, o sentimento só aumenta. Com a Internet o acesso a coisas legais tornaram-se mais fáceis, é facil fazer o download do álbum de uma banda que tu esteja interessado ou até o DVD da banda. A Internet me ajudou a conhecer bandas que eu conhecia apenas algumas músicas, como é o caso do Thin Lizzy, banda Irlandesa liderada pelo lendário Baixista Phil Lynott. Thin Lizzy é uma daquelas bandas que tu ouve de primeiro e curte um monte, a pegada das músicas, as letras, a presença de palco e o modo como Phil interage com o público é muito bom. Uma banda a ser lembrada pelo amor ao Rock é o grande AC/DC que confesso que há algum tempo eu não curtia o AC/DC nada além de suas músicas mais conhecidas. Mas assim que amigos me mostraram o lado do AC/DC que eu não conhecia, me apaixonei. Ao acompanhar as letras, é visível o amor ao Rock, apesar de o AC/DC soar como Hard Rock, mas enfim, ouça o álbum "For Those About To Rock" que tu vai entender o que eu tô falando, o álbum é uma verdadeira aula de Rock N' Roll. Outra banda que tem me prendido novamente é o grande e indispensável Iron Maiden. A importância que o Iron Maiden tem na vida de milhares de jovens que curtem Metal(digo o verdadeiro Metal) é algo Dantesco. Tenho ouvido o álbum "Piece Of Mind" que é literalmente uma "peça" de arte. Flight Of Icarus é um hino, sei lá, os riffs do refrão remetem a uma atmosfera acima de qualquer coisa, um dos riffs mais fortes e que expressam o que é Metal que eu já ouvi na vida. Vou tentar evitar falar do Metallica, porque daí falarei demais sobre a banda e o intuíto não é esse. Pink Floyd também deve e tem que ser lembrado. Uma banda que por onde passou causou espanto e contentamento com os seus shows que são uma verdadeira viagem a outra dimensão. Drogas, Psicodelismo, etc. são o que levam ao extremo e à outra atmosfera a obra dessa grande banda. Tire um tempo para assistir o Pulse, o The Wall(Filme e show), Live at Pompeii, ou ouvir qualquer outro álbum e tu, novamente, irá entender o que eu estou falando. Letras complexas, musicalidade levada ao mais alto grau de psicodelismo(tudo o que o Dream Theater sempre quis ser). Vou ficando por aqui e deixando um recado: Se tu curte alguma banda mesmo ou quer conhecer algo, corre atrás de algo, a Internet tá aí com milhares de arquivos dando sopa. O Sentimento que o Rock traz é inexplicável, só quem é fã mesmo pode explicar isso, e que esse sentimento nunca se vá.

Dedicado aos caras que eu sou fã e que infelizmente já se foram:
Clifford Lee Burton
Dimebag Darrell
James Marshall Hendrix
John Bonham
James Douglas Morrison
Jeff Hyman
John Cummings
Douglas Colvin
Paul Baloff
Philip Lynott
Layne Staley.

Escrito ao som do álbum The Wall - Pink Floyd.

20 de set. de 2009

DESTRUIÇÃO


Luzes acesas, água jorrando,
Derrubada de árvores, vamos desmatando,
Queimadas: matas inteiras vão-se devorando,
Rios e mares, poluição, tudo se acabando.

Verduras e frutas, legumes e boa comida,
Enfurnados em armazéns, deteriorando,
E o povo de fome perdendo a vida.
É o descalabro que só vai piorando.

Remédios guardados pra distribuição,
Burocraticamente aguardam solução,
E o povo morrendo sem ter salvação,
Porque na saúde só tem confusão.

Violência nas ruas, mortes em vão,
Em clima de guerra vive a população.
De quem é a culpa? Onde está a razão?
Na fome, no abandono, falta de educação.

E o planeta em que vive, seu lar,
O homem, esta peste, vai destruir.
Inteligência suprema, se ouve falar,
Uma grande mentira pra se discutir...