27 de fev. de 2010

ÁLBUNS QUE MARCARAM

Olá! Como todo o apreciador de rock tem, eu também tenho os álbuns que mudaram minha vida. Aquele, que quando tu lembra, tu sente uma vontade grande de ouví-lo ali, agora, no momento que tu lembrou dele. Muitos tornaram-se obras-primas que tu não te cansa de ouvir. Comecei a ouvir Rock em geral quando eu tinha 9 anos, quando meu primo e eu estávamos ouvindo rádio em uma noite. Quando iniciou os acordes de uma música e ele, do nada me diz: "Isso é Nirvana!". "Esse Nirvana" era Smells Like Teen Spirit, um hino de uma geração e o meu primeiro passo pra eu conhecer o fabuloso mundo do Rock N' Roll. Mas o meu gosto próprio começou muito longe das guitarras com microfonia de Kurt Cobain. Foi quando 4 caras de Santos-SP resolveram lançar um álbum...

Charlie Brown Jr. - Transpiração Contínua Prolongada (1997)
Pois é, um ano após o CBJR lançar esse álbum, eu consegui adquirí-lo. Foi o meu primeiro CD de Rock. É bom relembrar ouvindo a pesada "O Coro vai comê", o SKA "Proibida pra mim" e outras não menos importantes como "Tudo que ela gosta de escutar". Posso afirmar que foi um álbum que mudou minha vida, pelo fato de ele ter me "explicado" o que poderia ser feito com uma guitarra e uma distorção.





Metallica - ...And Justice For All (1987)
O que falar? Algo que mudou minha vida e até hoje eu agradeço por esse álbum existir. Quando a bela "Blackened" penetrou em meus tímpanos, foi como nascer de novo, musicalmente falando. As levadas progressivas da bateria, o peso, a agressividade com que Hetfield canta. Foi esse álbum e essa banda que me inspiraram a querer tocar guitarra. Não que eu toque alguma coisa hoje, mas foi revolucionário. Depois de ouví-lo, eu queria mostrar para todos os meus amigos a minha grande descoberta, alguns aprovaram, a maioria não. Um amigo meu é fã até hoje, e sei que foi com aquela ouvida daquela época que ele começou a gostar de Rock também. É como eu digo: METALLICA, OBRIGADO POR EXISTIR.



Iron Maiden - The Number Of The Beast (1982)
Quando ...And Justice For All chegou em minhas mãos, esse álbum chegou junto, no mesmo dia, na mesma hora, no mesmo lugar. Então tive que decidir por qual seguir. Todo mundo tá careca de saber o que eu escolhi. Mas esse álbum marcou tanto por esse fato e tanto pelo fato mais importante que foi a oportunidade de conhecer essa banda que "tinha um monte de capa macabra e com uma caveira". Grande estreia de Bruce Dickinson. Até hoje, "Invaders", a minha preferida do álbum, faz parte de meus playlists. UP THE IRONS!



Guns N' Roses - Use Your Illusion I (1991)
Levado pela força do nome e pelas fotos e o visual que eu tive o prazer de ver antes de conhecer essa grande banda, fizeram com que eu pudesse catar esse álbum por aí e ouví-lo. A demora foi grande, mas com grandes êxitos. O álbum é uma mescla de sons e novidades ao meu ouvido. "November Rain" e "Don't Cry" são músicas inigualáveis, mas o que me chamava a atenção eram as desconhecidas como "Dust And Bones", "Garden Of Eden", "Double Talkin' Jive" e "Don't Damn Me". O álbum é o primeiro de dois cd's, sendo o segundo lançado um ano depois com o nome "Use Your Illusion II". Sempre bom relembrar Axl e seus Gunners.


Nirvana - Nevermind (1991)
Como todo guri que curtia Rock na época em que eu comecei a gostar, e muitos não admitindo até hoje que não passaram por essa fase, o Nirvana e o Nevermind chegaram e estouraram...parecido com o sucesso que eles tiveram no início dos anos 90, época do lançamento do disco. Percebam que teve que passar alguns álbuns pra Nevermind mudar a minha vida, já que a primeira coisa que eu ouvi na vida foi a Smells...no rádio com o meu primo. Não há como esquecer a clássica "Smells Like Teen Spirit" e a já cansativa "Come As You Are". Um álbum que mudou uma geração e também mudou a geração da minha época que começou a ouvir Rock junto comigo. Nirvana é Nirvana...há quem fale mal, mas quem gosta sabe que a grandiosidade do Nirvana é maior do que qualquer coisa que falem sobre eles.

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Raimundos - Lavô Tá Novo (1995)
Assim como o Charlie Brown, o Raimundos tem a mesma importância no meu gostar de Rock. Após eu adquirir o Transpiração Contínua...do Charlie Brown, surgiu e minhas mãos o ótimo "Só no Forevis", mas foi com "Lavô Tá Novo" que a coisa mudou e o Raimundos começou a tomar lugar entre minhas bandas preferidas. O álbum é uma paulera do início ao fim, com letras escrachadas e cotidianas. Quem não conhece "Eu quero ver o Oco", precisa rever seus conceitos.





Tequila Baby - Sangue, Ouro e Pólvora (1999)
Essa banda conheci através da rádio onde tocava uma música exaustivamente, mas o bom que a música é muito boa. Tinha uma pegada diferente, a voz diferente. Com o tempo, descobri de que se tratava da Tequila Baby, o maior expoente do Punk Rock no RS. Com suas letras simples, eles fizeram um enorme arrastão de jovens a dar mais atenção ao Punk Rock, que foi o que aconteceu comigo. Foi através deles que eu tive a oportunidade de conhecer uma das melhores bandas do mundo: RAMONES.



Ramones - Greatest Hits Live (1996)
Ouvir Ramones pela primeira é se perguntar: "Que merda rápida essa!". Quando a trilha de Ennio Morricone sai dos alto falantes é de arrepiar. E quando inicia "Durango 95", é muita energia, é muito amor à música. O álbum não é nada demais, são os Ramones tocando cru e grosso, mas "We're Happy Family" é uma velocidade e pegada surreal. Recomendadíssimo!!!!






Pantera - Vulgar Display Of Power (1992)
E chegando à última e não menos importante, muito pelo contrário. Descobrir uma nova influência, um novo jeito de pensar e numa nova etapa em tua vida. Pantera apareceu pra mim como espanto. Espanto de uma coisa mais ou menos assim que eu li em uma revista: "Eles abriram o show com "A New Level", essa música fica mais pesada a cada show". Me chamou muito a atenção. E, quando adquiri uma canção(Walk) e descobri que era desse álbum, eu pirei...ao começar pela capa. Músicas que abordam individualismo, letras pesadas, temas cotidianos. Esse álbum foi a ascensão no som do Pantera. Mas pena que o que é bom dura pouco. :-(

Dimebag Darrell Rest In Peace, man!

23 de fev. de 2010

EVOLUÇÃO



Não quero pensar no pavor da guerra
Ao ver o planeta assim
Os terremotos, vulcões aceleram
A tempestade à destruir.

Incêndios em muitos lugares
Fazendo tudo na terra aquecer
Tudo acontecendo em muitos lugares
E a terra sempre a tremer.

A evolução do homem
Constituiu este absurdo
O descontrole real à morte
O planeta explode, é o fim do mundo;

Aquecimento global,traz fome
As sementes não podem nascer
Temperaturas descontoladas
Este é o barco da sorte para morrer.

19 de fev. de 2010

REVELAÇÃO


Uma parte em nossas vidas
É contida de solidão
Outra parte se divide em segredo
Uma parte é vitória e é derrota
A outra parte é coragem e medo

Uma parte em nossas vidas contém felicidade
Outra parte contém só tristeza
Uma parte é tédio, outra alegria
Outra parte contida de incerteza

Uma parte de nós, religião
Outra parte contida de pecados
Uma parte de sonhos, outra ilusão
Outra parte de amor não revelados

Uma parte da vida é ser um fraco
Outra parte é, ser valente e forte
Uma parte da vida, a própria vida
Outra parte da vida, a própria morte.

17 de fev. de 2010

LOUCURA


Alguns dias não seriam especiais, se não fosse pela chuva
A alegria não seria tão boa, se não fosse pela dor
A morte tem que ser fácil, porque a vida é dificil
Isso te deixará fisicamente, mentalmente
E emocionalmente marcado.

Escrito no dia 13/02/10

8 de fev. de 2010

VIVER


Vamos todos agora viver!
Vamos esquecer de um amor
que não está mais.
Vamos brincar de roda
como há anos atrás.
Vamos perder os horários
pois eles vivem a nos caçar.
Vamos esquecer de chorar
nas missas de sétimo dia.
Vamos esquecer que
nosso time vai mal.
Vamos esquecer das sinaleiras,
elas nos dizem para parar.
Vamos esquecer que o povo
não sabe votar.
Vamos esquecer que
nosso país é rico!
Vamos esquecer que no fim do mês
o dinheiro vai apertar.
Vamos parar de agonizar
pela ânsia de conquistar.
Vamos viver!
Não me pergunte como,
Porque eu proponho apenas
O que vamos fazer.

4 de fev. de 2010

BROKEN, BEAT & SCARRED



É usando o nome de uma música, que eu inicio essa postagem. Estou aqui pra falar da maior experiência da minha vida até hoje. No dia 28 de Janeiro de 2010, eu tive a oportunidade de assistir ao show da maior banda do mundo: O METALLICA. Foram horas de pé, no sol, com calor, sede, cansaço, sono...mas tudo com o propósito de assistir a essa banda, na qual, sou fã há 11 anos. Quando as luzes se apagaram e eu pude ver o rosto de Clint Eastwood nos telões com cenas do épico western "The Good, The Bad, The Ugly". Minhas pernas tremeram muito mais do que uma cidade em pleno terremoto, um arrepio da ponta dos pés até o último fio dos meus poucos cabelos. Uma luz no palco indica que Lars Urlich está no palco e acenando para o pessoal. Foi minha explosão, eu não podia acreditar que os caras de maior influência da minha vida estavam ali a poucos metros de mim. E quando Hetfield entrou então? e despencou a primeira nota da primeira música da noite "Creeping Death". Eu explodi, eu entrei em uma transe que eu não via nada ao meu redor, eram só os caras. Empurrei muita gente, mas, de forma falha, fui impedido por milhares de pessoas que pensaram o mesmo que eu, o ar começou a faltar, a adrenalina estava a milhão, desmaiei por instantes tanto pela falta de ar, tanto pelo impacto do som e da presença dos "The Four Horsemen", alguém me dá um tapa e eu volto a ativa, tentando sair do aglomerado de gente e tentar respirar. Estou chorando desesperadamente e tentando cantar junto as canções. A cada passo pra trás é mais choro, aquele choro de alegria, aquele choro que só eu sei descrever, em saber que milhares de pessoas estão tendo as bocas caladas, já que anos a fio, chamaram o Metallica de tudo o que se possa imaginar de ruim. Mas a banda estava mais viva do que nunca. Eu chorei de Creeping Death à Enter Sandman, ou seja, praticamente todo o show. Parei no bis, onde eu tive tempo(curto) de me recuperar e respirar diante de tamanha empolgação e sentimento. Eles voltam pro bis, e é fechada uma roda punk, bem boa pra descontrair. Um fato que marcou a minha vida, e isso vou levar pra vida toda: Na penúltima música(Phantom Lord), James Hetfield(Vocalista, Guitarrista, Letrista) olha na direção que eu estou, e joga a sua palheta, aquela que ele estava executando Phantom Lord, e ela voa, voa e eu, não sei como, pulo mais alto que todo mundo e agarro-a, aquilo foi surreal, um presente extra que guardarei por toda minha vida. Tocam Seek & Destroy, mais que um hino, eles sugam as minhas últimas forças, despecando essa grande canção. Eles se despedem, ficam aproximadamente uns 10 mins no palco e saem, ovacionados por quase 30 mil pessoas, que tiveram a oportunidade de ver esse momento histórico. E eu estava lá e sobrevivi a essa odisseia, mesmo quebrado, espancado e cicatrizado(broken, beat & scarred). Voltei pro ônibus e dormi, dormi satisfeito em saber que eu tinha presenciado esse maior fato da minha vida.