4 de fev. de 2010

BROKEN, BEAT & SCARRED



É usando o nome de uma música, que eu inicio essa postagem. Estou aqui pra falar da maior experiência da minha vida até hoje. No dia 28 de Janeiro de 2010, eu tive a oportunidade de assistir ao show da maior banda do mundo: O METALLICA. Foram horas de pé, no sol, com calor, sede, cansaço, sono...mas tudo com o propósito de assistir a essa banda, na qual, sou fã há 11 anos. Quando as luzes se apagaram e eu pude ver o rosto de Clint Eastwood nos telões com cenas do épico western "The Good, The Bad, The Ugly". Minhas pernas tremeram muito mais do que uma cidade em pleno terremoto, um arrepio da ponta dos pés até o último fio dos meus poucos cabelos. Uma luz no palco indica que Lars Urlich está no palco e acenando para o pessoal. Foi minha explosão, eu não podia acreditar que os caras de maior influência da minha vida estavam ali a poucos metros de mim. E quando Hetfield entrou então? e despencou a primeira nota da primeira música da noite "Creeping Death". Eu explodi, eu entrei em uma transe que eu não via nada ao meu redor, eram só os caras. Empurrei muita gente, mas, de forma falha, fui impedido por milhares de pessoas que pensaram o mesmo que eu, o ar começou a faltar, a adrenalina estava a milhão, desmaiei por instantes tanto pela falta de ar, tanto pelo impacto do som e da presença dos "The Four Horsemen", alguém me dá um tapa e eu volto a ativa, tentando sair do aglomerado de gente e tentar respirar. Estou chorando desesperadamente e tentando cantar junto as canções. A cada passo pra trás é mais choro, aquele choro de alegria, aquele choro que só eu sei descrever, em saber que milhares de pessoas estão tendo as bocas caladas, já que anos a fio, chamaram o Metallica de tudo o que se possa imaginar de ruim. Mas a banda estava mais viva do que nunca. Eu chorei de Creeping Death à Enter Sandman, ou seja, praticamente todo o show. Parei no bis, onde eu tive tempo(curto) de me recuperar e respirar diante de tamanha empolgação e sentimento. Eles voltam pro bis, e é fechada uma roda punk, bem boa pra descontrair. Um fato que marcou a minha vida, e isso vou levar pra vida toda: Na penúltima música(Phantom Lord), James Hetfield(Vocalista, Guitarrista, Letrista) olha na direção que eu estou, e joga a sua palheta, aquela que ele estava executando Phantom Lord, e ela voa, voa e eu, não sei como, pulo mais alto que todo mundo e agarro-a, aquilo foi surreal, um presente extra que guardarei por toda minha vida. Tocam Seek & Destroy, mais que um hino, eles sugam as minhas últimas forças, despecando essa grande canção. Eles se despedem, ficam aproximadamente uns 10 mins no palco e saem, ovacionados por quase 30 mil pessoas, que tiveram a oportunidade de ver esse momento histórico. E eu estava lá e sobrevivi a essa odisseia, mesmo quebrado, espancado e cicatrizado(broken, beat & scarred). Voltei pro ônibus e dormi, dormi satisfeito em saber que eu tinha presenciado esse maior fato da minha vida.

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