8 de jan. de 2010

UM TOLO


Falo do medo que consome minha alma
quando procuro conforto em beijos e corpos.

Falo das garras que sempre insisto em cultivar,
ridicularizo palavras e vogais sem expressão.

Repito palavras e peco como um homem pagão
procurando sonhos vividos sem nenhuma emoção.

Como vogais cultivo a solidão
a espera de consoantes erradas ou não.

Escrevo poemas ou simples visão de um mortal pecador
sem a menor inspiração.

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